segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

6º Dia – de Gualeguaychu a Rio Colorado na Argentina.

KM Total - 3.899
KM Rodados no  dia – 1.039
          Oi pessoal, Feliz ano novo para todos.
          Vamos passar a noite da virada do ano novo na pequena Rio Colorado, Província de Rio Negro, na Argentina.  Segundo nos disseram, por aqui, todos passam a virada do ano em casa, com a família. Mais tarde, a garotada saí para a balada. Amanhã temos mais uma virada na estrada  e é cerca de 1000 km, portanto vamos também ficar em família aqui mesmo no hotel.
          A postagem de hoje é só para dar notícia de onde estamos e desejar a todos, em nome de nosso grupo de motoviajantes,   um ano novo  cheio de paz, saúde, harmonia, e a presença de Deus no coração.
         Amanhã conto como foi o dia de hoje, ou seja vou acumular as notícias no blog. Também  anexo uma foto de nossa partida que sintetiza os nosso sentimentos.
        Felicitades.

domingo, 30 de dezembro de 2012

5º Dia – de Durazno no Uruguai à Gualeguaychu na Argentina.

KM Total - 2860
KM Rodados no  dia – 277
          Cruzamos a fronteira da Argentina, e o dia foi bem confuso. Dá pra ver pela km rodada no dia.
          Saímos do hotel por volta das 9.30 h, depois de postar o blog. Temos duas fotos, uma a da saída do hotel e outra que mostra como a cidade de Durazno é arborizada. Ontem falei de uma árvore a cada 10 metros e hoje retifico para uma a cada 5 metros. Confiram na foto.


Mico do dia: Pois é... logo cedo.   Seguimos pela Rota 14 em direção a fronteira e ao passarmos por Trinidad, vimos um quartel do exército que ocupava uma fortaleza da época colonial, decidimos parar para uma foto.
            Eis que um certo fisioterapeuta que tem dois filhos, novamente para não falar o  nome,tropeça nas próprias pernas e cai entre a moto e o meio fio. O quartel inteiro que saiu para ver o que acontecia, não sabia se olhava para Otávio ou para as motos.  

           Tivemos que acionar o segundo fisioterapeuta, menos atrapalhado, que logo providenciou uma “mandinga brava” com uma certa fita azul, que acabou evitando que o pé do outro tivesse um edema sério.


             Brincadeiras a parte, a torção foi séria e com suspeita de lesão do ligamento.  O cara viajou evitando movimentar o tornozelo e a noite ficou de molho no gelo.  Não se preocupem, o cara é forte e disse que termina a viagem nem que seja de muleta.
              Depois do acontecido, tiramos uma foto no tal Castelo.

               Seguimos pela mesma Rota 14 para depois descobrirmos  que no meio do trecho acabava a pavimentação com asfalto, e ela virava uma estrada vicinal. Perdemos uns 30 km,  mas achamos um novo caminho seguindo pela Rota 3 e depois pela 20 até chegarmos a fronteira em Fray Bento.
                Lá, mais atrapalho. Num domingo, de sol, e em pleno feriadão de fim de ano, até fiscal de fronteira mata o serviço e a fila era gigantesca.

              Zé Amaro e Otávio aproveitaram para fazer umas comprinhas no FREE SHOPING. Os caras devem ser muito bons de arrumar bagagem. A minha bagagem não da para comprar nem bolachas para comer na viagem.


             Fomos liberados para passar, ai pegamos as motos e fomos para a Ponte Internacional, que é linda.  Mais problemas. Havia um pedágio que tinha que ser pago ou com Pesos Argentinos ou Uruguaios, e nos tínhamos Dólares ou Reais. Lá fomos nós de volta para procurar um cambista e aprender a planejar melhor.







             Ufa.... atravessamos mas os problemas continuaram. Eram 15 h e estávamos quase desmaiando de fome.  A primeira cidade depois da ponte era Gualeguaychu e a 32 km da fronteira. Fomos direto a uma loja de conveniência de um posto e lá não aceitavam cartões de crédito, só no débito o que não era possível no nosso caso.
            Plano B – Fomos  a um Carrefour que vimos na passagem, pois lá, segundo um fdp de um informante, encontraríamos caixa eletrônico de bancos e lanchonetes.  Não tinha nem uma coisa nem outra.
           Assumimos que sem dinheiro não dava para continuar e fomos para o centro da cidade. Lá fizemos os saques e seguimos para um bom restaurante que vimos no caminho.  Mais uma vez deu zebra, nem descemos das motos e o porteiro nos avisou que já havia encerrado as atividades para o almoço.
            Bem, quando é assim, não adianta insistir. Decidimos ir para a orla do rio e procurar um bom restaurante para almoçar, dignamente, e depois pousar por aqui mesmo.  Botar o cansaço em dia e fazer uma reunião de planejamento do trecho que falta para a Cidade de El Calafate, onde nos encontraremos no dia 03/01 com Gisele, Bárbara e Jaqueline.


            Gostaria de chamar a atenção de todos que a nossa reunião foi regada a água mineral, como pode ser visto na foto, diferentemente do que alguns já devem estar imaginando... cervejada na beira do rio, etc. e tal.

             Terminados os trabalhos, Sérgio, Dudu e Zé Amaro, saíram para jantar. Eu fiquei fazendo o blog e Otávio mergulhado no gelo. Depois pedimos uma pizza no próprio hotel.
            Amanha falo da pauta da reunião e de nossas novas metas de estrada.

4º Dia – de Santa Maria –RS a Durazno no Uruguai.

KM Total - 2583
KM Rodados no  dia – 557
          Nossa Aventura já é internacional, estamos no Uruguai. 
         O dia foi perfeito.  Acordamos cedo  e tomamos nosso café.
         O três “guris” foram bater perna na rua, ir a banco, cortar cabelo, etc.   Sérgio foi para oficina acompanhar a montagem de sua moto,  e eu,  redigir o blog de ontém,  que postamos pela manhã.

        Esta é a tradicional foto da partida.


        Saímos já eram 13 h, e para ganhar tempo decidimos abastecer depois de rodar mais uns 50 km, pois assim faríamos também um lanche, considerando que o último abastecimento havia ocorrido a 200 km atrás, tínhamos uma margem de segurança, pois a autonomia gira em torno de 300 km.
       Pasmem, rodamos de Santa Maria até Rosário do Sul, cerca de 140 km sem encontrar um posto sequer no caminho. Todas as motos entraram para a reserva. Abastecemos com 340 km rodados e a minha moto já começava a falhar.

OBS de retificação:  A moto de Sérgio não passou sufoco. Havia andado cerca de 70 km na carroceria do carro guincho.  (Depois “dizem por aí” que são as minhas motos que não podem ver uma carroceria de guincho que pulam pra cima....).

          Chegamos na fronteira com o Uruguai com uma preocupação. Estávamos num sábado e precisávamos fazer o obrigatório seguro “CARTA VERDE”. A todos que perguntávamos sobre um posto de venda do seguro respondiam que só  em dia útil.
       
          Saímos caminhando e apareceu um "tramitador” que nos levou a uma loja que tinha o telefone celular do corretor preso no vidro e o assunto foi resolvido ao custo de R$ 216,00 cada moto, com prazo de validade para 30 dias.


MICO DO DIA:  Depois de uma votação no grupo, ficou decidida a divulgação. Na caminhada em busca do seguro, Zézinho tropeçou num “gelo baiano”  e caiu, inicialmente apoiando as mãos no chão, depois a mão escorregou na areia e foi de barriga, como se pula em uma piscina.
           Sabem o que foi mais engraçado ? Foi a velocidade em que ele levantou.  Ele sabia muito  bem com quem estava andando,  e em frações de segundos já haviam três “amigos”, me incluo nessa, tentando sacar suas câmeras.
          Resumo,  não temos fotos da aterrissagem.

          Feito o seguro, seguimos para a aduana uruguaia.  E o “tramitador” pedalando sua bike atrás. Ele disse que era só fazer uma “vaquinha” e dar uma gorjeta que estava bom.
          Lá foi tudo muito rápido. O pior foi ver o servidor público uruguaio  pedindo uma gorjeta para melhorar a sua festa de fim de ano. Isso depois de ameaçar recusar minha cédula de identidade alegando que a plastificação estava descolando.
          Enquanto nos arrumávamos para partir,  demos a “gorjeta” de R$ 20,00 ao tramitador que reclamou feito porco amarrado. Munhecas, miseráveis, etc. foi apenas parte do discurso.
          Antes que algum querido leitor faça coro com o tramitador, cabe informar que vimos ele recebendo,  do Corretor de Seguros,  a sua comissão  por levar ao escritório os cinco clientes.

         Mapas na mão, pois o GPS não estava eficiente,  la fomos nós, depois da parada burocrática de duas horas e meia aproximadamente.


        Estradas maravilhosas, seguimos pela Rota 5 em direção a Montevidéo, tarde linda e expectativa de escurecer às 21 hs.



         Decidimos tirar o atraso da saída e pilotar até escurecer.   Foi a melhor tarde de pilotagem até agora, e a velocidade andava na casa dos 140 km por hora.  É claro que a estrada estava deserta e sem policiamento.



         Pousamos em Durazno, cidade linda e pacata, cheia de gente na rua, pois era um sábado à noite. A cidade impressiona pela quantidade de arvores nas ruas, parecem ser uma a cada 10 metros.

        Saímos para jantar e tomar uma cerveja uruguaia, caminhar na praça e depois tomar um ‘HELADO’.


        Até amanhã,  não vamos sair tão cedo, dada a possibilidade de viajar até mais tarde, pelo horário que escurece por aquí.  

        
      

sábado, 29 de dezembro de 2012

Dia 3 - De Irani - SC a Santa Maria -RS .

KM Total - 2026
KM Rodados no  dia – 470
          Oi pessoal. 
         Dia Complicado....  mas terminou em festa com Os Gaudérios do Asfalto.  Ufa!!!, ainda bem que tudo acabou assim.

          Choveu a madrugada inteira e mesmo assim o tempo amanheceu fechado e com cara de chuva nos primeiros quilometros.
          Pra começar  o dia, ainda no estacionamento do hotel, quando estávamos montando as bagagens nas motos,  um certo motociclista do grupo – houve censura na citação do nome mas como sou rebelde, vou dizer apenas que é um fisioterapeuta e tem dois filhos -  já estava sentado na moto quando, a meu pedido, desceu para ajudar a prender uma bolsa. O cara pôs a moto no descanso sem conferir a estabilidade, já que o piso era de brita.   Resultado, ele, moto e bagagens deitados, e eu numa grande dúvida se o ajudava, ou se pegava a câmera e registrava o acontecido para vocês.  Perdi a piada da foto para não perder o amigo.  
          Para não perder o hábito, vejam a foto da saída.


         Pegamos estrada e a chuva logo mostrou que ia conosco.   Bem, se não tem outro jeito, vamos nessa,  e olha que chovia com vontade.    
         Como a previsão era de rodar pouco mais de 450 km no dia, e estávamos bem preparados saímos no bom humor. 
          Sabem o que é pior nessa hora ?  É quando a gente percebe que a roupa não é tão eficiente assim,  e sente a água gelada chegando no fundo da cueca por um "certo caminho".  Dá vontade de parar e molhar tudo de uma  só vez.
         Vejam uma parada para por anti-embaçante   na viseira e nos retrovisores.
         Passando por Passo Fundo, um desencontro.   Otávio e José Amaro se desgarraram do grupo sem que Dudu percebesse e entraram em um trevo errado, para Carazinho. Tudo bem, estamos na era do celular, e 30 minutos depois o grupo já estava junto novamente.
        A chuva deu um descanso, e por volta das 13 h e paramos para almoçar. Tava tudo indo bem para um dia de muita chuva e pelo telefone avisamos aos amigos Gaudérios da nossa previsão de chegar em mais duas horas e meia,  aproximadamente.

        Faltavam menos de 70 km para a nossa chegada quando Sérgio achou um buraco na pista. Mas era um buraco mesmo.....

           Resultado disso, não podia ser outro:    (prestem atenção na sequência)




           Tamanho estrago poderia facilmente ter arremessado Sérgio e moto para muito longe, e isso com conseqüências imprevisíveis para ambos,  porém, como costumo dizer Ele viaja conosco e nos protege “sempre” do pior.  
           Lembram-se no nosso local de partida, e o que buscamos quando sempre iniciamos lá as nossas aventuras ?
            É vida que segue, e vamos pedir socorro ao nossos amigos Gaudérios do Asfalto.
            Aliás, olha eles aí nos esperando na entrada da linda e aconchegante Santa Maria.

            Querem saber como foi resolvido o problema da roda “irremediavelmente”  amassada ? Por incrível que pareça o nosso amigo e mestre de pilotagem e companheiro em um longo trecho na viagem WWW.travessiadastresamericas.blogspot.com, ele    emprestou a roda dianteira da sua própria moto para que Sérgio não precisasse “abortar” o seu passeio, e isso com a Vera já de passagem comprada para Ushuaia.
          Para quem não é do meio, esse é o espírito de irmandade existente entre os motociclistas. Como diz o lema no nosso querido MOTO CLUB DE CAMPOS, “Não adianta explicar, você não iria entender”.
          Daí por diante, só festa. Os Gaudérios dando reciprocidade a nossa recepção quando passaram por Campos em julho. E foi em grande estilo, na forma do autentico churrasco gaucho sob a batuta do “Gaudério GANSO”.  Vejam o clima de congraçamento.








          Bem, como não havia energia física para redigir e postar o blog na mesma noite, depois do churrasco, ficam as desculpas. Enquanto o Sérgio está na oficina trocando a roda da moto preparei este relato.
          Seguimos viagem depois do almoço,  com previsão de cruzar a fronteira com o Uruguai  ainda hoje.
          Até a próxima.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Dia 2 - De Itapetininga - SP a Irani – SC.

KM Rodados no  dia – 680
          Oi pessoal. 
         Estamos de volta. Felizes com a nossa viagem,  mas também com uma imensa satisfação pela quantidade, sempre crescente, de acessos ao nosso Blog.
         Por isso o nosso comprometimento em fazer regularmente as postagens.  As vezes não faltam  motivos para desanimar. Ontem por exemplo,  já eram 3 h da madruga, quando interrompemos o trabalho, pois a internet do hotel, não  tinha velocidade para baixar as 15 fotos que selecionamos para postar junto  com o texto.   
         Só conseguimos  completar  a postagem pela manhã, quando o pessoal da portaria nos ajudou fornecendo um link de uso exclusivo da administração hotel.
          Bem, vamos ao dia de hoje. Primeiro as fotos prometidas, do hotel em Itapetininga onde pernoitamos.


           Por conta das dificuldades na postagem do blog, acabamos iniciando o trajeto do dia às 9 h, e ainda tínhamos que abastecer as motos.  Já sabíamos que o dia estava comprometido e que não conseguiríamos rodar a mesma  KM do dia anterior.
            O dia estava de cara feia, sol encoberto e nuvens escuras de sobra. Havia chovido durante a madrugada e estava claro que era questão de horas para começar a cair água.        
             Temperatura ?  Uma maravilha se comparado com o dia anterior, o termômetro nunca passava dos 25 graus.
             Vejam algumas fotos da viagem.



             Saímos do Estado de São Paulo, cruzamos todo o Paraná e por menos de 100 km não entramos no Rio Grande do Sul, completando também o estado de Santa Cataria.  Isso só não foi possível porque por volta de 5:30 h desabou uma chuvarada,  que nos obrigou a parar em Irani – SC, a 32 km de Concórdia.  Não reclamamos pois essa chuva estava prometida desde a nossa saída,  pela manhã.
              Faltam cerca de 480 km para Santa Maria, onde nossos amigos gaúchos nos aguardam para um bom papo, regado por boa cerveja gelada.
              Até lá.