KM Total – 10.468
KM Rodados nos cinco dias – 3.178
18º - DIA – Partindo de USHUAIA
Tomamos café às 7 horas de manhã
para sair às 8h e assim foi feito. Muitas despedidas, abraços apertados,
apreensões com a estrada e com chuva que caia forte nesta manhã em que o termômetro marcou 5 graus.
Estavam juntos dois dos piores
componentes que fragilizam um piloto de moto na estrada: chuva com frio extremo.
Bastou os primeiros 30 km para a bota encher de água.....
Mas a sorte mudou e 150 km a
frente o tempo abriu e a temperatura subiu.
O painel da moto chegou a registrar 25 graus.
A passagem pela estrada de rípio,
foi por um caminho diferente do que usamos na ida, quando viemos por Punta
Arenas e atravessamos o canal para Porvenir.
Na volta, seguindo o roteiro do
amigo Gaudério Renato, dobramos a esquerda em Onaissim, já no Chile e cruzamos
o canal do Estreito de Magalhães em Manantiales. Uma travessia bem mais rápida,
30 minutos atravessando e mais uns 30
minutos esperando a balsa, que estava do
outro lado da margem quando chegamos.
O temido trecho de ripio era
melhor por este caminho que usamos, e tudo teria sido perfeito s e o pneu da
moto de Dudu não tivesse furado com as pedras soltas. Felizmente tudo não passou de um novo susto, pois
o conserto foi feito, com muita eficiência, usando-se apenas um desses Spray
reparador de pneus que obstruiu o vazamento e encheu o pneu. Rodou mai cerca de
250 km depois do reparo.
Durante a travessia, avistamos filhotes de Orcas
nadando pelo canal do Estreito de Magalhães.
Desembarcamos e procuramos
abastecimento, e não encontramos..... O
último abastecimento havia feito sido em Rio Grande, na Argentina. Não havia
gasolina na fronteira em San Sebastian e também não havia no trecho até Rio
gallegos.
Sabíamos que o trecho sem
abastecimento seria de aproximadamente 390
km e que não chegaríamos todos. Apenas Dudu, que tinha a menor autonomia,
levava consigo um galão com 4 litros. Folgamos
a mão e fomos em frente. Resultado: Dudu
usou a sua reserva e a moto de Sergio ficou na estrada faltando apenas 10 km
para chegar. Fácil de resolver.
Abastecemos e fizemos uma reunião
de última hora. O pneu da moto de Dudu,
o que havia furado, estava desgastado demais,
já mostrava a parte interna de aço e possivelmente não resistiria até a próxima
cidade que estava a 850 km de onde estávamos.
Loja aberta para comprar um pneu novo em Rio Gallegos, só no dia
seguinte. Estávamos em pleno domingo, e era muito cedo para José Amaro e Otávio
pararem de rodar, ainda mais que escurece às 23 hs por aqui.
Como já havíamos combinado que
o grupo se separaria em virtude da apertada agenda desses dois parceiros, que
teriam que retornar mais cedo para voltar ao trabalho, concluímos que havia
chegado a hora da separação.
Com o coração apertado o grupo se
dividiu. Boa viagem parceiros, filho e amigos.....
Procuramos um hotel e dividimos
nosso quarto com Kley, um brasiliense que encontramos vagando, também a procura
de um lugar para pousar. Ele seguia sozinho
em sua XT-660 para Ushuaia.
Foto Hotel Rio Gallegos.
Tivemos notícia que Otávio e
José Amaro rodaram mais cerca de 320 km naquele dia parando para dormir um
Porto Julian.
19º - DIA – Trocando o Pneu e partindo para Comodoro Rivadávia
Acordamos cedo e fomos para a
porta da única loja que vende pneus de moto em Rio Gallegos. Não adiantou nada,
a loja só abriu às 9.40 h.
Sobre isso temos mais a dizer.
O MONOPÓLIO, e algo destrutível para qualquer consumidor.
Pasmem, esta loja, é a única num raio de 850
km, palavras do próprio vendedor, que vende motos HONDA, YAMAHA, SUZUKI,
KAWASAKI e mais algumas marcas chinesas.
Como conseqüência, só ela vende também peças, acessórios e pneus.
Resultado: Dudu pago pelo pneu
2.500,00 peso argentinos, o equivalente
a R$ 1.025,00 por um pneu traseiro
que tinha uma etiqueta de peça genuína da YAMAHA.
Tem mais..... Nós é que tivemos que fazer a troca do pneu, pois a loja só tinha agenda para o serviço depois das 15 horas.
Durante o serviço tiramos uma
foto com dois americanos que estavam em viagem, e que também buscavam, e não acharam, pneus
para as suas motos.
Mesmo pegando a estrada depois de
meio dia, andamos cerca de 850 km naquele dia.
Chegamos a Comodoro Rivadavia com o
tempo dando sinais de que iria chegar um forte temporal. Conseguimos um bom
hotel e mal guardamos as motos e o aguaceiro desabou.
Fotos da chuva.
Enquanto isso, Otávio e José
Amaro, entraram em Comodoro, mais ou menos na hora do almoço, compraram e
trocaram um pneu traseiro para a XT 660 de Otávio. Dormiram na cidade de Trelew, cerca de 380 km a nossa frente.
20º - DIA – Viajando de Comodoro Rivadávia até Rio Colorado
Queríamos sair
cedo, neste dia tínhamos mais de 950 km para rodar, porém atrasamos mais de 1:30
h a nossa saída, pois precisávamos ir a um caixa eletrônico sacar, abastecer as
motos, o que não havíamos feito no dia anterior em razão da chuva.
Além disso a cidade estava um
caos. A chuva tinha sido tão forte que
as ruas estavam cobertas de lama. Os carros que estavam estacionados na rua
durante a madrugada, tinham lixo até a altura da grade mo motor e tínhamos que
andar na lama pelos trilhos deixados pelos pneus dos carros que iam a nossa frente.
Recebemos um torpedo de Otávio e
José Amaro, relatando que havia falta de gasolina nos postos nas imediações de
Rio Colorado e que eles estavam a muito tempo “mofando” numa fila de um posto
que havia acabado de receber combustível.
Tratamos de nos prevenir.
A temperatura subiu muito e
pusemos na bagagem toda a roupa de frio. Tivemos registro de até 35 graus de
temperatura.
Em compensação a roupa de chuva passou a ser
usada todos os dias. Todo final da tarde armava um temporal e nesse dia não foi
diferente.
Pegamos uma forte chuva e chegamos
encharcados.
Foto do hotel
de Rio Colorado tirada na manhã seguinte.
Tivemos notícia que Otávio e José
Amaro, tiveram dificuldades com furos no pneu. E foram dormir em uma pequena
cidade a 200 km de Buenos Aires.
21º -
DIA – Viajando de Rio Colorado a Buenos Aires.
Saimos cedo e fomos abastecendo em
todos os postos que encontrávamos pela frente.
Realmente as filas eram muito grandes toda a complicação era em razão da
grande quantidade de argentinos pelas estradas, viajando de férias. Isso deve
ter causado o colapso no abastecimento dos postos.
O movimento neste trecho de
estrada foi acrescido por uma grande quantidade de caminhões que fazem o
transporte da safra de grãos argentinos.
Porém como o argentino, de um modo geral, é muito educado no trânsito não causava
problemas.
Tudo foi bem até a chegada da
esperada chuva do final de tarde que nos acompanhou por mais de 150 km até
entrarmos na cidade de Buenos Aires, onde
para nossa surpresa ainda não tinha chovido. Como em Comodoro Rivadávia, começou a chover
logo que paramos no Hotel, que já
havíamos reservado pela net.
Fotos pilotando
na chuva. Até que não tava mal.
Otávio e José Amaro, com mais problemas na XT, acabaram abortando a ida
a Punta Del Este, e decidiram retornar ao Brasil passando pelo mesmo caminho
que fizemos na vinda. Pela fronteira
Argentina/Uruguaia de Fray Bentos e depois entrando no Brasil por
Santana do Livramento.
Desta vez o problema parece ter
sido na corrente que estourou e os obrigou a pernoitar em Gualeguaychú. O tempo começou a tornar-se um grande
oponente para a dupla.
22º -
DIA – Em Buenos Aires.
Hoje foi um dia
que tiramos para descansar, fazer a revisão em minha moto, que já estava
agendada na concessionária local, e fazer um pouco de turismo. Quem sabe até um
show de tango a noite.
Logo de manhã acordamos com os
dois iniciantes em viagens de longa distância, pedindo ajuda, pois a corrente
da moto de Otávio havia estourado novamente.
Ambos estavam muito nervosos, a
agenda de trabalho de José Amaro era um fator complicador que os pressionava
muito.
Havia também da parte de Otávio
uma grande preocupação com o risco de acidente, pois já estava sem confiança na moto.
Decidimos abortar a revisão da
minha moto, suspender nosso turismo de Buenos Aires e Punta de Este, e ir “resgatar” os parceiros que já falavam em
não prosseguir de moto. Fruto da
desestabilização emocional.
Fomos para o café e premeditadamente “dar um
tempo” para os meninos esfriarem um pouco a cabeça.
Não deu outra. Logo conseguiram um mecânico que com um
carro de carroceria foi pega-los na estrada, e detectou que havia um empeno na
coroa dentada.
Trocada a peça defeituosa, colocada
uma nova corrente, de boa qualidade, e a
paz voltou a reinar.
Até este momento não tivemos
notícias, mas acreditamos que hoje eles
já dormem em território brasileiro.
E nós ? Seguimos nosso planejamento. Levamos a moto
para a revisão, que será devolvida amanhã pela manha, quando seguiremos para o
Uruguai, fomos passear e redigir esta postagem para vocês.
Ufa..... Ficou
grande.
Até a próxima com fotos de Punta
e Buenos Aires.
Estamos aguardando. Boa viagem.
ResponderExcluirEstamos acompanhando vocês, qualquer problema tens meu fone aqui em Sta Maria RS. Forte abraço e não deixem o "moral da tropa" cair. Estão realizando um feito para poucos......ré ré ré abração
ResponderExcluirOLÁ.. É O KLEY, GRANDE ABRAÇO A TODOS... FUI ATÉ O CHILE NA CARRETERA AUSTRAL...FORAM 15.000 KM EM 21 DIAS! INTÉ PRÓXIMO ENCONTRO ESTRADUAIS...!
ResponderExcluir