quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

7º Dia – de Rio Colorado a Comodoro Rivadavia na Argentina.

KM Total - 4831

KM Rodados no  dia – 932

          Oi pessoal

          Estamos de volta depois de dois dias sem postagens.  Uma foi em razão da passagem do ano novo e a outra porque não encontramos internet no hotel,  e resolvemos relaxar e sair para jantar.

          Mas como compromisso é compromisso,  vamos ao trabalho para por as notícias em dia.

          Primeiro vamos falar da reunião que fizemos para avaliar o atraso na agenda, em razão do acidente com a roda e os desencontros na hora de fazer o câmbio com a moeda Argentina, as grandes filas na fronteira Uruguai/Argentina.

           Refizemos o roteiro e chegamos a conclusão que tínhamos 3 dias e meio para rodar  cerca de 3 mil km. Montamos nossas metas: primeiro dia- até Bahia Blanca(840 km); segundo dia- até Comodoro Rivadávia (1.130km); terceiro dia- até Rio Galenos(770 km); e último dia- até o aeroporto de El Calafate(350 km), onde às 14 h receberemos Gisele, Babi e Jaqueline, que se juntam ao grupo.

           Pesado, não é ?  Mas não tem jeito, ou é isso ou as “meninas” vão levar “cha de cadeiras” no aeroporto.

           Então vamos contar o acontecido por partes:

PARTE 1 – ATÉ RIO COLORADO.

           Saímos às 7 horas  do hotel, pois iríamos passar pela região da Grande Buenos Aires e isso poderia complicar.   Dudu foi puxando o grupo, pois ele havia passado por ali recentemente,  e eu fiz o favor de esquecer o cartão de memória do GPS, onde estavam salvos os mapas da Argentina.   Dudu tirou da bagagem um GPS de carro que havia trazido como segurança,  e que quebrou um “galhão”.

 
          Registramos uma ponte que achamos muito legal. Fica na autopista que leva à capital Argentina.


 
            Para cortar caminho, seguindo o GPS, passamos por uma região de estradas secundárias. Pavimento de qualidade ruim, mas uma região rural muito simpática.  


 
              Mas o dia não ia ser tranquilo. O tempo começou a fechar, e rapidamente paramos num posto para por as roupas de chuva.

               Caiu o maior temporal.  Deu vontade de parar as motos, mas não havia lugar para se abrigar e poderia ser pior.   Ficamos lá firmes. A esperança era atravessar o núcleo da pancada de água para seguir em frente com uma chuva “normal”, ou achar um lugar onde pudéssemos buscar proteção. 

              Passado um tempo o aguaceiro amenizou, andamos mais uma hora na chuva e depois o céu começou a clarear, e assim foi até parar de chover.

              ----  NÃO HÁ ROUPA DE MOTOCICLISTA 100% A PROVA DÁGUA.  ---- , É UM FATO.

             A animação do dia ainda não havia acabado.

             Já ouviram falar dos famosos vendavais que de vez em guando varrem a Patagônia ?                                

             Faltavam 120 km para chegarmos a Baia Blanca quando tudo ficou escuro no horizonte. Paramos imediatamente em um posto, onde o vento já começava muito forte.  Meio surpresos com a velocidade do que estava acontecendo, sondamos com os residentes o que era aquilo,  e um frentista do posto afirmou isso era comum  por aqui, chamava-se Minuano. Disse também que era só vento forte que vinha do mar e que não trazia consigo  chuva ou granizo.

             Decidimos ir em frente e tudo acabou dando certo.  O vento era forte e de vez em quando invertia de direção, mas você acabava se acostumando a pilotar com a moto quase inclinada.

             Chegamos a Baia Blanca. Vejam a foto.


 
              Estava cedo ainda,  decidimos ganhar tempo e rodar ate Rio Colorado, mais 140 km. Afinal, meta é para ser superada e não apenas alcançada.

             Lá fomos nós, e quando lá chegamos tivemos a surpresa de perceber que toda a cidade estava fechada para as festas de fim de ano, inclusive os hotéis.  Por sorte conseguimos umas cabaninhas para nos hospedar.  Compramos umas cervejas e vinhos e festejamos a entrada de 2013 entre nós, o que foi legal.

            Vejam as fotos da partida no dia seguinte, em frente as cabanas.

 

PARTE 2 – ATÉ COMODORO RIVADAVIA

              Saímos cedo, tínhamos uns 900 km pela frente. 

              Deixar uma esposa esperando no aeroporto já é encrenca, imaginem 3 esposas. O melhor era acelerar essas motos.

             Não haviam dúvidas de que já estávamos na Patagônio, o termômetro da moto marcava 10 graus na hora da saída, portanto saíram do fundo das  malas as roupas para frio extremo.

             Vejam  a “pinta de bandido”  dos caras.......

 

             Felizmente o sol estava a postos e logo a temperatura subiu.   O clima entre os viajantes era o melhor do mundo, afinal era o primeiro dia do novo ano.



 
              Fizemos até fã clube.  Essa senhora pediu para fotografar conosco. Também registramos o momento para o nosso blog.

 
              Essa foto vai para  o nosso querido “Presitende_Zinho”, digo Presidente Izinho.   Viu chefe... estamos fixando o adesivo de nosso querido Moto Club de Campos por toda a Patagônia.  Missão dada, Missão cumprida.


             Nas nossas entrevistas para imprensa, e nos papos de balcão de bar, dissemos que o período adequado para se agendar uma viagem de moto para estas bandas era no verão.   Eis uma prova....    Olha que ainda faltam mais de 1500 km.



             Chegamos a Comodoro Rivadávia.  Lugar lindo, pena que estava deserto.  Muita dificuldade para achar um hotel com um preço cabível.   Acabamos ficando em um que não tinha café da manhã, pois todos os funcionários estavam de folga pela virada de ano. A internet prometida também não funcionou.

               Como já disse, relaxamos e saímos para jantar.

               Vejam uma foto da chegada.

 

               Até amanhã, quando eu prometo que coloco as postagens em dia.
      

 

5 comentários:

  1. Caros amigos, saudações guadérias. Estamos atento e acompanhando essa bela expedição até o Fim do Mundo! Marcos sempre com ótimos relatos, detalhados e bem humorados, nos deixando com muita vontade de estar ai... Logo voltaremos a essa querência. Sigam com a proteção do Supremo Criador.

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  2. Caro amigo Sérgio, estou enviando um e-mail a vc. Dá uma espiada por lá. Fraterno motoabraço.

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  3. Rapazes, não existe MESMO roupa totalmente à prova d'agua, só na hora que eles vendem!!! Continuem com Deus, e excelente viagem.

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  4. Pai, tio, Otávio, Zé e Dudu, parabéns pelos milhares de quilômetros e duas fronteiras cruzadas. Por conta do ano novo, tive dificuldades de conexão suficientes para não conseguir escrever para vocês, mas sempre que pude li e acompanhei cada postagem. Não é fácil estar presente apenas virtualmente nesta viagem, passando vontade aqui do outro lado da tela, mas o orgulho por vocês é bem maior que isso. Parabéns e continuem com segurança. Abraços e até a volta!

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  5. Valeu Renato, Rafael, a companhia de voces è muito importante. Um grande beijo filháo.

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