KM Total – 15.135
KM Rodados nos 4 dias – 2.235
26º - DIA – REVISANDO AS MOTOS E PARTINDO PARA CAMBARÁ DO SUL.
Já em Santa Maria- RS ,
usamos a parte da manhã para que Sérgio fizesse a destroca da roda que o
Gaudério Renato havia emprestada quando de nossa passagem na ida, após o
acidente com um buraco na pista, mais troca de óleo do motor, velas e outros
ajustes. Dudu, também aproveitou para
fazer manutenção em sua moto; trocar o óleo e também outros ajustes. Eu, passei
a parte da manha no hotel redigindo e postando o blog anterior, afinal minha
moto havia acabado de fazer a revisão de fábrica numa concessionária em Buenos Aires.
Duas informações; A primeira é que todo o serviço foi feito na
oficina do tradicional “mecânico de confiança” dos membros dos Gaudérios do
Asfalto, o Jorge. Um mecânico diferenciado, não só pela sua competência
técnica, mas também pela organização e limpeza em seu ambiente de
trabalho. Confessamos (todos juntos)
que em todas essas nossas “andanças” de moto pelo mundo afora, nunca vimos uma
oficina tão organizada como aquela. Não sabemos a quem dar os parabéns... se ao Jorge pelos seus predicativos ou se
aos Gaudérios por terem dado a sorte de ter o Jorge por perto.
A segunda informação é a de que, mais
uma vez o Renato, nosso Mestre Gaudério da arte de pilotar, mostrou o
seu desprendimento quando se trata de servir a um amigo motociclista. Ocorreu que, por uma questão de azar, a roda
que o Renato emprestou ao Sérgio, retirando de sua própria moto, sofreu também
um pequeno dano. Um leve amassado em uma das bordas, que o Sérgio nem notou o
momento do acontecido.
A
delicadeza da situação, por se tratar de um bem emprestado de forma tão gentil,
desconsertou o Sérgio até que chegasse de volta a Santa Maria para tratar
pessoalmente do assunto.
A solução
era simples, a roda que o Sérgio havia comprado por telefone em Florianópolis, para
poder na volta devolver ao Renato e seguir viagem, era sobre nova e poderia
tranquilamente ser trocada com a que foi emprestada e depois danificada. Mas isso provocava uma situação de
desconforto que constrangia ao Sérgio.
Bem, examinada a roda nova, comunicado o
incidente ao Renato, a resposta foi uma só:
“não se incomodem com isso, façam o que o Jorge disser. O importante é
que vocês voltaram com saúde.....”
dispensa outros comentários. Ah
tudo foi por telefone já que o Renato estava em Brasília cuidando de assuntos
pessoais.
Estávamos prontos para
mudar a roupa e pegar a estrada, fazendo apenas um pequeno lanche, quando
apareceu o Edson, nosso segundo parceiro de viagem, com quem também tivemos o prazer de rodar na
aventura Travessia das Três Américas (www.travessiadastresamericas.blogspot.com) , que havia deixado os seus compromissos de
lado para almoçar conosco e se despedir
nesta nossa visita a sua cidade.
Largamos tudo, e no carro dele, fomos almoçar.
Prontos, por volta de
duas horas da tarde, ligamos as motos e programamos o GPS para poder pegar o
rumo de Cambará do Sul, uma pequena cidade a beira dos “sensacionais” Canyons
de Itaimbezinho e Fortaleza, onde programamos pernoitar.
Meu GPS deu um show de
incompetência, não carregou os programas de mapas da cidade de Santa Maria por
nada neste mundo, obrigando-nos a sair de lá pedindo informações de como chegar
na estrada “Rota do Sol” que nos levaria ao nosso
destino.
Quando finalmente achamos
a saída para a rodovia ele “simplesmente”
acordou e apontou o destino até Caxias do Sul, uma das cidades em nosso
caminho.
Ao chegar lá, ele, o
GPS, recusou-se a achar em sua memória a pequena estrada pavimentada que nos
levaria a Cambará do Sul. Tivemos que tirar da bagagem o GPS “tabajara” de Dudu levava e que estava
equipado com software Y GO, de longe o melhor e mais completo software de mapas de
cidades e estradas brasileiras.
Meu
equipamento, o renomado ZUMO 660,
específico para uso em motocicletas, equipado com Bluetooth
para transmissão de sons para capacete, permite a discagem e o atendimento do
telefone, a prova d’água, etc., etc. .... é fabricado pela GARMIN, que não admite o uso software de outros fabricantes,
limitando-se ao uso de seus próprios mapas, que no Brasil, quando se trata de
pequenas cidades e estradas secundárias, deixa muito a desejar.
Bem, finalmente
chegamos, a cidade de Cambará do Sul, que é bem provida de hotéis e pousadas, em razão do grande número de turistas que
recebe para conhecer suas atrações naturais.
CENAS DA SUBIDA DA
SERRA E DA ENTRADA DA CIDADE
O frio é o característico das cidades da
região serrana do Rio Grande do Sul. No inverno até neva com freqüência e no
verão, a noite cai facilmente aos 5 graus.
As dez horas saímos para jantar e só
encontramos na rua dois grandes cachorros que,
felizes, vieram nos receber.
Ao sairmos do jantar até os cães já tinham se recolhido...
27º - DIA – VISITANDO OS CANYONS DO RIO GRANDE DO SUL E INICIANDO O
RETORNO PARA CASA.
Os
Canyons da região dos Aparados da Serra, tiveram sua origem na época da separação dos
continentes africano e americano, quando o movimento das placas tectônicas
provocaram as rachaduras em regiões de pouca resistência do material rochoso
(basaltico), predominante na região. O trabalho foi completado pela erosão do
vento e da água durante milhões de anos.
Quando se chega
lá, além do encantamento que se tem, fica a sensação de já ter visto este
cenário.
È muito provável
que já tenha visto mesmo, pois o local já foi cenário de várias produções
jornalísticas, “Globo Reporte” por exemplo, e cenário de várias novelas como
Esplendor e Chocolate com Pimenta.
A beira do Canyon
Fortaleza também foi pano de fundo da abertura do épico seriado da Rede Globo,
“A Casa das Sete Mulheres” que usou o lugar para uma cavalgada de militares da Guerra
dos Farrapos, na abertura da série. Cena que era mostrada diariamente.
São basicamente
dois Canyons cujo acesso são por estradas diferentes: Itaimbezinho, a 18 km em uma direção e
Fortaleza a 24 km
em outra direção. Ambos com acesso por
estradas de terra batida, que sempre estarão em condições precárias em razão
das constantes chuvas que caem na região e do trânsito de carros de transporte
de madeira, que predomina na economia local.
Contratamos um
serviço de táxi para nos levar nas duas atrações, ao preço de R$ 150,00 no
total, o que consideramos justo já que todo o passeio, mesmo feito “na
correria” como fizemos durou das 09 h às 15 h.
Não faremos
comentários sobre o que vimos..... as
fotos falarão por si.
EXPLICAÇÕES SOBRE A RESERVA NA
MAQUETE DO CANYON ITAIMBEZINHO
APENAS UM DOS CIRCUITOS DO CANYON
ITAIMBEZINHO
VISITA A UMA DAS
TRILHAS DO CANYON FORTALEZA
UMA PEQUENA RAPOSA QUE
ENCONTRAMOS E QUE JÁ ESTAVA ACOSTUMADA A BUSCAR BISCOITOS NAS SACOLAS DOS
TURISTAS.
NOSSO GUIA/TAXISTA
Por volta
das 16:00 h já estávamos num posto abastecendo as motos para descer a serra até a BR 101, e seguir em direção a cidade de Criciúma
– SC, onde acessaríamos a cidade de Lauro Muler para depois subir e descer a
Serra do Rio do Rastro.
Chegando
ao acesso da cidade de Criciúma, pela BR 101, decidimos abortar nossa intenção,
pois a vista da serra era de clima totalmente nublado, o que inviabilizaria a
tomada de fotos e a vista de paisagens na famosa estrada da Serra do Rio do
Rastro. Pesou também na nossa decisão, o
fato de que todos nós já tínhamos tido a experiência de pilotar naquela
estrada.
Decidimos
rodar mais 200 km
até chegar a entrada de Florianópolis, para lá decidir se entrávamos para uma noitada
de camarões com cerveja as margens da Lagoa da Conceição, ou se seguiríamos para adiantar nossa chegada
em casa.
Ao
aproximarmos de “Floripa”, por volta das 19:00 h, com o tempo totalmente
fechado e um trânsito infernal que ocupava as duas faixas da pista de entrada,
Sérgio emparelhou sua moto com as dos parceiros e, provavelmente com a saudade de casa falando mais alto,
fez sinal de que deveríamos seguir sem entrar na capital, no que foi atendido
pelos seus parceiros meio entristecidos.
Não tardou a
escurecer e iniciar uma chuva forte que fez com que a prudência falasse mais
alto, e decidíssemos parar na cidade de Tijucas, distante 52 km de Florianópolis e 360 km de nosso ponto de
partida no dia. Uma boa tocada para
quem começou a rodar às 16:00 h.
A cidade
Tijucas-SC muito bonitinha, o hotel, mais ou menos e o jantar, num bar que
caberia bem em qualquer grande cidade brasileira.... bonito, muito bem equipado e com excelente
comida.
28º - DIA – DE TIJUCAS-SC A
TAUBATÉ SP. – DUVIDAS ENTRE USAR A MOTO
OU UM JET SKI
Desculpem o exagero.
Vimos a
previsão do tempo, já que sempre mete medo o fato de haver a chances de cair um
belo temporal quando se está cruzando as marginais na cidade de São Paulo, e
tudo indicava que o risco era pequeno.
Saímos
9:00 h sem as roupas de chuva e foi uma pilotagem tranqüila durante uns 50
minutos e logo tivemos que parar para colocar as roupas.
Chovia
e parava de chover. Paramos para almoçar na cidade de Registro, uma pequena
cidade já no estado de São Paulo e tudo
seguia normal.
Ao
retornarmos para a pista a chuva desceu com vontade. Junto com ela veio o
aumento do fluxo de trânsito. Estávamos pilotando
de uma forma muito segura e reduzimos a velocidade proporcionalmente ao volume
de água e trânsito.
Fomos
adiante e nossas orações foram atendidas. Ao chegarmos no Rodoanel, ponto de
entrada da cidade de São Paulo a chuva milagrosamente parou e só voltou a cair
quando já estávamos na Airton Sena, fora da cidade.
Passamos nas marginais Pinheiros e Tiete em pleno horário do “pico” de saída do trabalho, eram 17:30 h e não havia outra alternativa que não
fosse a de transitar pelos corredores dos
automóveis, seguindo os motoboys de “SAMPA”.
As
20:00 h, num posto de abastecimento da na Rodovia Carvalho Pinto, decidimos
seguir até a cidade de Taubaté, as margens da Rodovia Presidente Dutra, e lá pernoitar, pois a chuva estava muito
forte.
Em
Taubaté, a chuva parou e conseguimos um bom hotel. O jantar foi uma boa cervejada em uma
pizzaria, pois era a nossa última noite juntos nesta aventura.
Neste dia rodamos 794 km .
29º - DIA – DE TAUBATÉ - SP. ATÉ CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ. FIM DE NOSSA AVENTURA DE IR AO FIM DO MUNDO
SOBRE DUAS RODAS.
Depois
de um bom café, deixamos o hotel por volta de 9:00 h da manhã e fizemos a
tradicional foto na saída do hotel.
A
Alegria estava estampada na fisionomia de todos, afinal eram 29 dias fora de
casa e passando por situações de risco extremo, e estávamos a cerca de 600 km para concluir tudo.
O
trecho de estrada a ser coberta pelo trio remanescente desta aventura era muito
conhecido de todos, mas não diminuía a nossa preocupação com o risco. Não seria
justo acontecer qualquer incidente neste momento final, sem contar que passar
na Rodovia Presidente Dutra, Linha Vermelha e BR 101 no trecho Rio/Campos,
sempre é uma situação que exige cuidado.
E lá fomos nós.
Engraçado foi na
descida de Serra das Araras, quando um policial rodoviário cismou que nós três
tínhamos que soprar o bafômetro !!!!! naquela hora da manhã !!!! Vamos lá.
A cerca de 200 km de Campos paramos
para almoçar e ligar para casa dando notícias de nossa localização.
Às
16:00 chegamos e decidimos plagiar os “meninos” Otávio e José Amaro e seguir para a Igreja do Convento, onde foi p
nosso ponto de partida, para fazer as fotos de chegada e a Oração de
agradecimento por termos voltado para casa em segurança.
Lá
encontramos Regina, minha esposa, e Vera
minha cunhada e esposa de Sérgio, que como já conhecem bem seus parceiros,
decidiram fazer um plantão no local na expectativa de voltaríamos ao nosso
ponto de partida.
Beijos, abraços, agradecimentos, oração, e o tradicional cumprimento de
“até a próxima”.
Missão
cumprida.
Ficam
aqui os nossos agradecimentos, primeiramente a Deus, que permitiu que
sonhássemos e materializasse o sonho, com segurança e muita alegria.
Agradecimento
aos nossos parentes e amigos que viajaram conosco e aos que ficara aqui, apreensivos
com a nossa segurança, já que não é fácil ter parentes e amigos sem juízo e loucos
por uma “aventura perigosa”.
E a
vocês que tiveram paciência e curiosidade para nos acompanhar neste blog, rezando, torcendo e curtindo os lugares
lindos por onde passamos e registramos imagens para a nossa memória e
divulgação.
Em tempo: Alguém aí tem curiosidade de conhecer Machu Picchu, também chamada "cidade perdida dos
Incas" no Peru ?
Que bom que todos chegaram e bem!! Acompanhei praticamente todos os dias suas postagens e foi uma excelente viagem que eu fiz também. Sim, eu quero conhecer MACHU PICHU!!!! Abraços a todos.
ResponderExcluirQue beleza meus queridos amigos,. Ficamos muito felizes pela visita e esperamos em breve nos reencontrarmos.
ResponderExcluirUm forte e grande abraço a todos.
Cleber Winckler da Silva
www.gaderiosdoasfalto.com.br
www.mercocyle.com.br
Caros amigos Sérgio, Marcos & Cia de amigos, saudações gaudérias,
ResponderExcluirFiquei muito feliz que conseguiram conquistar o Fin del Mundo e retornarem bem as suas famílias em Campos.
Como sabem, quando passaram por aqui no retorno, estava em Brasília e só retornei na semana que passou. Só hoje consegui terminar de ver os posts do Blog. Parabéns pelos relatos precisos que transmitem toda uma emoção de uma bela jornada como essa. As fotos sensacionais deram o toque de um grupo de amigos muito unido e ideais que convergem em uma só direção, parceria e solidariedade verdadeira.
Que venha Machu Picchu, me avisem com antecedência... quem sabe não pegamos a estrada juntos novamente hehehehe
Fraterno motoabraço a todos vcs.
Renato Lopes
Santa Maria -RS
www.renatolopesmotovaigem.com
Amigos, sou motociclista também, proém não fui tão longe. A respeito dos mapas para garmin procure no link http://www.tracksource.org.br/ o mapa do Brasil que pode ser instalado no micro SD card. É um bom mapa e eu o utilizo em dois gps que possuo.
ResponderExcluirAbraços,
Renato
http://motoexplorer.com.br